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Mercado de seguros cresce acima de 12% em 2022 e deve manter patamar em 2023, projeta CNseg

Dyogo Oliveira, presidente da CNseg / Foto: CNseg / Divulgação
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg / Foto: CNseg / Divulgação

Ao desconsiderar Saúde, arrecadação do setor deverá consolidar ampliação de 17,1%

O Banco Central do Brasil projeta crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9% em 2022. Em ritmo acelerado, o mercado segurador deve consolidar mais um ano com crescimento superior a dois dígitos, fechando os últimos 12 meses com ampliação de 12,9%. Ao desconsiderar o segmento de Saúde, a expansão da arrecadação do setor deverá fechar em 17,1%, de acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

“Nossa visão é de que quanto mais pessoas puderem ter seguro, melhor”, comentou Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, ao ser questionado pelo Universo do Seguro sobre a democratização e ampliação do acesso seguro à população brasileira. Na ocasião, o economista lembrou da importância social do seguro em momentos como a pandemia de coronavírus, quando as seguradoras resolveram indenizar e amparar as famílias de vítimas da Covid-19, mesmo quando as apólices de seguros excluíam este tipo de risco das coberturas securitárias.

Já o presidente da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides), Rodrigo Bedoya, complementou o pensamento de Dyogo afirmando que “é preciso ampliar a questão dos seguros obrigatórios”. “As pessoas não se levantam pensando em contratar um seguro. As campanhas de mídia ajudam na conscientização, mas é possível observar que a ampliação da contratação de seguros só acontece com essa obrigatoriedade. Isso é uma responsabilidade do Estado”, analisou ao convidar o mercado para participar da Fides Rio 2023 – 38ª Conferência Hemisférica de Seguros.

Ainda sobre os números do mercado brasileiro, o grande destaque do ano de 2022 vai para o Seguro de Automóveis – que deverá consolidar crescimento de 30%. Ao todo, o segmento de Danos e Responsabilidade (sem DPVAT) poderá concretizar 25,2% de expansão este ano.

Na sequência, a ampliação do ramo de Capitalização deve ser de 18,2%, seguida pela de Pessoas (13,1%) e Saúde (7,7%).

Estabilização da economia e projeção para 2023

Para o próximo ano, a CNseg considera expansão de 2,2% para o PIB do Brasil e de 10% para o setor de seguros, sem considerar Saúde. Ao considerar Saúde, o crescimento deve ser de 10,1%.

Ao considerar a evolução da participação da indústria de seguros no PIB, os números da Confederação indicam que o setor deverá fechar o ano com o mesmo índice registrado em 2021 – que foi de 6,4%.

A estabilização da economia fica evidenciada com as projeções para 2023, quando o mercado segurador poderá ampliar sua participação no PIB para 6,6% – índice equivalente ao registrado em 2019. A máxima histórica foi registrada em 2020, quando a arrecadação do setor representou 6,7% do Produto Interno Bruto.

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