O que pouca gente sabe sobre o 1º ETF que paga dividendos no Brasil

Francisco Michelin, Diretor de Negócio de Mercado de Capitais na GFT Technologies no Brasil / Foto: Divulgação
Francisco Michelin, Diretor de Negócio de Mercado de Capitais na GFT Technologies no Brasil / Foto: Divulgação

Confira artigo de Francisco Michelin, Diretor de Negócio de Mercado de Capitais na GFT Technologies no Brasil

No último dia 29 de setembro, o mercado financeiro brasileiro recebeu com entusiasmo o primeiro ETF com pagamento mensal de dividendos aos cotistas do país, criado pela parceria entre o Nubank e a B3, custodiado pelo BNP Paribas. Estamos falando do Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11). O novo produto foi concebido para democratizar o acesso ao ambiente de investimentos para mais brasileiros, e contou com a GFT Technologies como uma das parceiras tecnológicas para construção da novidade em tempo recorde.

Da ideia inicial em janeiro deste ano, até o anúncio oficial perante o Mercado, foram meses de muito trabalho para desenvolvedores e especialistas. Para se ter uma ideia do tamanho do impacto no Brasil, os ETFs (sigla em inglês para Exchange Traded Fund, ou Fundo Negociado em Bolsa, na tradução livre) nos Estados Unidos esse mercado corresponde a mais de 7 trilhões de dólares com mais de 3 mil ETFs. Por aqui, trata-se de uma grande novidade.

Além disso, ETFs têm um índice de referência para serem calculados e negociados – neste caso, o Ibov Smart Dividendos B3. Desta forma, corretoras, investidores, plataformas com vínculo com a bolsa brasileira e qualquer pessoa física (desde que vinculada a uma corretora) podem ter acesso ao produto, que paga dividendos aos seus acionistas considerando as companhias com maiores valores em relação ao preço das suas ações.

Para quem acompanha as oscilações do mercado de investimentos, pode parecer ofuscado o papel da tecnologia na operação de produtos e novidades como essa. Como alguém que esteve na linha de frente deste trabalho, desenvolvido em parceria com Nubank e B3, gostaria de ressaltar o grande trabalho desenvolvido pelos nossos especialistas em tecnologia, que trabalharam ativamente em todas as squads necessárias para tirar a proposta do papel. Aplicando as melhores práticas de engenharia de software, desde a sua concepção até a entrada em produção.

A velocidade e agilidade foram aspectos centrais em todo o processo que culminou no anúncio do dia 29. A presença de ETFs na bolsa não é desconhecida – há mais de 90 listados da bolsa, em versões para criptoativos, renda fixa, além dos relacionados às ações que seguem o Ibovespa B3 e ISE B3 – porém nenhum deles pagava dividendos mensais aos seus acionistas. Esse mercado no Brasil, tem um patrimônio líquido de mais de R$ 46 bilhões, com negociações diárias de mais de R$ 1,5 milhão envolvendo mais de 500 mil investidores pessoas físicas.

Fica claro que se abre uma nova área de interesse no mercado financeiro, e que pode trazer pessoas que ainda não investem na bolsa de valores para esse ambiente. No background, tudo isso só foi e é possível com grandes profissionais com conhecimento técnico, de toda a tecnologia a ser embarcada, e que conheça as dores que devem ser combatidas para um projeto ser bem-sucedido. Fico feliz em ter os mais capacitados ao meu lado na GFT para mais essa entrega que faz a diferença no mercado financeiro brasileiro.

Mais pessoas hoje podem se sentir motivadas a buscar uma nova forma de renda por meio dos dividendos deste novo ETF. Para nós que estamos nas trincheiras, quebrando a cabeça para inovar a entregar as melhores soluções em favor de cada negócio, a carteira mais importante de investimentos é a coleção de clientes satisfeitos.

*Francisco Michelin é Diretor de Negócio de Mercado de Capitais na GFT Technologies no Brasil

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