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Real Digital deve aumentar eficiência de serviços financeiros e reduzir os custos do setor

Real Digital deve aumentar eficiência de serviços financeiros e reduzir os custos do setor / Foto: Pixabay
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Novidade deve impulsionar tokenização e incorporação de finanças descentralizadas

O Real Digital entrou em fase de testes nessa semana. Segundo Boaventura D’Ávila, diretor para o setor de Serviços Financeiros da Accenture, os testes para o Central Bank Digital Currency (CBDC), ou ‘real digital’, visam confirmar os benefícios e a robustez dessa plataforma e, caso o resultado seja positivo, ele vê um crescimento da tokenização e incorporação de elementos de DeFi (finanças descentralizadas) nos serviços bancários.

O estudo ‘Os Impactos de Central Bank Digital Currencies no mercado mundial’ da Accenture, traz uma análise detalhada sobre a importância dessa plataforma e quais serão os reflexos na indústria e no setor financeiro. “O Brasil está se posicionando na vanguarda global em CBDC. No nosso caso, visto que o Pix resolveu a questão dos pagamentos instantâneos, a tendência é impulsionar a tokenização. A economia tokenizada vem se tornando cada vez mais relevante e o Real Digital será sua moeda corrente”, explica D’Ávila.

Os CBDCs trazem diversas possibilidades para o sistema financeiro:

  • Visibilidade e segurança: O Banco Central pode monitorar e rastrear todas as transações financeiras, e relacioná-las aos indivíduos e empresas, conciliando-as automaticamente com os seus contratos também registrados via moeda digital.
  • Facilitação de cobranças e cumprimento de contratos: Toda movimentação financeira realizada por moedas digitais é conhecida pelo governo em toda a sua extensão, facilitando cobrança de impostos, que pode ser realizada pelo próprio ecossistema automatizado.
  • Registro de bens: Ativos das mais diversas naturezas (físicos, digitais ou financeiros), podem ser registrados e relacionados a pessoas físicas ou jurídicas específicas, e, diferentemente de criptomoedas ou DeFi, de forma não anônima.
  • Redução de custos transacionais: Transações domésticas realizadas instantaneamente com custo reduzido. Novos canais de transações internacionais entre moedas digitais, permitindo interoperabilidade.

Para D’Ávila, a vida dos clientes também será impactada. “Inicialmente pelas transações de investimentos, permitindo novas classes de ativos e democratização de acesso. Em um segundo momento, entendemos haver potencial para oportunidades de melhoria nos produtos de empréstimos e garantias, assim como para compras em ambientes virtuais como o metaverso”, completa.

Sobre a movimentação de empresas para a adaptação do Real Digital, o executivo considera que está concentrado no setor financeiro e que diversas fintechs vêm trabalhando estes conceitos há alguns anos e já desenvolveram aplicações piloto com sucesso. “Os grandes bancos perceberam estas tendências e vêm investindo na estruturação de suas áreas de tecnologia e de negócios para acompanhar o ritmo do mercado e do regulador”, finaliza o diretor para o setor de Serviços Financeiros da Accenture.

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