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Relação crédito-PIB é superior a 50% mas há espaço para expansão, diz ANBC

Coaf e Febraban celebram Acordo para fortalecer combate à lavagem de dinheiro/ Foto: Unsplash
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Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC) aponta que há espaço para a ampliação do mercado de crédito no Brasil, o que pode impulsionar o crescimento econômico e fomentar o bem-estar social

O Brasil encerrou 2024 com uma relação crédito-PIB de quase 55%, segundo dados do Banco Central, um patamar que, embora crescente, ainda se encontra abaixo de economias mais desenvolvidas, como os Estados Unidos. As comparações internacionais feitas pelo Banco Mundial, que incluem o mercado de capitais, mostram que a relação crédito-PIB ultrapassa os 190% nos EUA, ante 71,6% do Brasil. Esse dado evidencia que há espaço para ampliação do mercado de crédito no país, o que poderia impulsionar o crescimento econômico e fomentar o bem-estar social. Essa medida compara o tamanho do saldo das operações de empréstimos e financiamentos com o tamanho do PIB, para ajudar a dimensionar a importância do crédito para a economia do país.

“Em 2005, essa relação era de apenas 28%. Desde então, quase dobrou, facilitando o acesso a empréstimos para consumidores e empresas. Os birôs de crédito desempenharam um papel essencial nesse crescimento, aprimorando modelos de score, reduzindo assimetrias de informação e ampliando a transparência”, diz Elias Sfeir, presidente da ANBC. Segundo ele, três grandes fases marcaram essa evolução:

2005-2015: Expansão acelerada do crédito, impulsionada por inovações como o crédito consignado e mudanças regulatórias. Os birôs ampliaram suas bases de dados, tornando a análise de risco mais precisa.

2016-2018: Recessão e restrição ao crédito. Os birôs ajudaram a diferenciar perfis de risco, permitindo que o crédito fosse concedido com mais segurança.

2019-2024: Retomada impulsionada por novos programas e pelo uso do Cadastro Positivo. A inteligência artificial e o big data passaram a ser diferenciais nos modelos de análise de crédito.

Além disso, as mudanças no perfil do crédito foram responsáveis por cooperar para essa expansão. O crédito para Pessoas Físicas (PF) ultrapassou o de Pessoas Jurídicas (PJ). Em 2007, PF representava 14% do crédito-PIB, enquanto PJ, 16,6%. Em 2024, PF atingiu 33,4%, enquanto PJ ficou em 21%. Essa transformação foi viabilizada pelo avanço da tecnologia nos birôs de crédito.

Em relação ao futuro do crédito, o executivo acredita que as novas regulações, como o marco de garantias e a lei do superendividamento, seguirão moldando o mercado. “Com o uso cada vez maior de dados alternativos do comportamento do credor a respeito do crédito e modelos preditivos, os birôs de crédito continuarão impulsionando a eficiência e o acesso ao crédito no Brasil”, finaliza Sfeir.

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