Seguradoras marcam presença nos Pavilhões Brasil da COP30 com painéis sobre riscos climáticos

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Imagem gerada por Inteligência Artificial

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) divulgou na última quinta-feira (25 de setembro) o resultado da seleção de painéis que comporão a programação dos Pavilhões Brasil na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Este é um dos mecanismos de participação do setor privado e da sociedade civil na cúpula da COP30, que ocorrerá em Belém (PA) de 10 a 21 de novembro. Entre os destaques dessa lista estão propostas do setor segurador, que terá participação ativa nos debates, reforçando seu papel estratégico na construção de uma economia de baixo carbono e na adaptação às mudanças climáticas.

As propostas foram avaliadas pelo Comitê Técnico dos Pavilhões Brasil, formado por representantes do MMA, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Presidência da COP30, Casa Civil e outras pastas. O grupo recebeu aproximadamente 1.270 propostas, das quais 140 foram selecionadas.

Esse número de inscrições reflete o interesse crescente da sociedade brasileira em participar da cúpula. Na COP28, em Dubai, foram 700 propostas; na COP29, em Baku, 500. O salto para a COP30 representa aumento de 81% em relação a Dubai e 154% em relação a Baku.

A forte presença do setor segurador no processo simboliza a consolidação do tema climático como prioridade para as companhias. As seguradoras devem apresentar experiências ligadas à “inteligência climática”, uso de dados para gestão de riscos, resiliência de infraestruturas críticas e financiamento de soluções sustentáveis.

Nos Pavilhões Brasil, elas terão espaço para dialogar com governos, empresas e sociedade civil sobre instrumentos que protegem populações vulneráveis, estimulam práticas empresariais sustentáveis e contribuem para reduzir perdas econômicas diante de desastres naturais.

Na Zona Azul, dedicada à cooperação internacional e à implementação da NDC brasileira no âmbito do Acordo de Paris, o setor vai defender a relevância do seguro como ferramenta de mitigação e compartilhamento de riscos globais. Já na Zona Verde, voltada ao contexto doméstico e à execução do Plano Clima até 2035, as seguradoras apresentarão iniciativas de inovação em produtos e políticas de adaptação, com foco na proteção das cidades e no fortalecimento da infraestrutura resiliente.

Os eventos nos Pavilhões Brasil ocorrerão entre 10h e 19h, com duração máxima de 60 minutos. Além disso, algumas propostas não selecionadas para a programação principal poderão integrar atividades autogestionadas na Zona Verde, ampliando ainda mais a presença da sociedade e do setor privado, incluindo seguradoras, na COP30.

A confirmação final de painelistas e moderadores será realizada nas próximas semanas. O MMA também divulgará até 10 de outubro uma nova lista de cerca de 80 painéis da sociedade civil, contemplando iniciativas adicionais de alto nível e qualidade.

Com sua presença ativa, as seguradoras reforçam que a transição climática não é apenas uma pauta ambiental, mas também de segurança econômica, social e de desenvolvimento sustentável.

Propostas aprovadas:

  1. Zona Verde – 14/11: I Investimentos Sustentáveis: como os setores financeiro e de seguros contribuem para o financiamento da transição climática? – parceria Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
  2. Zona Verde – 14/11: participação no painel da EY (Ernst & Young): ” Perdas Climáticas: Inteligência de dados a favor da mitigação, adaptação e implementação do Plano Clima”.
  3. Zona Azul – 20/11: “Inteligência climática como instrumento de mitigação e adaptação: contribuições para a implementação do Plano Clima” – proposta exclusiva da CNseg.
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