A instituição Francisca Júlia CVV destaca a importância de abordagens que assegurem apoio, acolhimento e escuta ativa às pessoas afetadas por eventos climáticos extremos
A Francisca Júlia CVV, instituição de referência no atendimento de saúde mental, alerta que catástrofes ambientais, como a que está ocorrendo no estado do Rio Grande do Sul e no Maranhão, impactam a saúde mental tanto a curto quanto a longo prazo, exigindo a atenção dos especialistas da área.
Situações climáticas extremas como essa causam traumas, manifestando-se por meio de sentimentos como medo, tristeza e ansiedade. Posteriormente, os casos podem evoluir para condições mais crônicas, como transtorno de estresse pós-traumático e depressão. São respostas emocionais que exigem a atenção de profissionais de saúde, psicólogos em geral e, especialmente, psicólogos sociais.
“As incertezas sobre o futuro de quem perdeu tudo acirram preocupações e quadros de ansiedade, piorando a saúde mental de todos os envolvidos. É comum vermos cenários de angústia, desesperança e um sentimento muito forte de instabilidade econômica e social”, pontua Estevam Steffano, psicólogo hospitalar da Francisca Júlia CVV.
Os cuidados oferecidos durante as tragédias ambientais
O protocolo para assistência em contextos de desastres climáticos prioriza, inicialmente, a atuação da psicologia social e humanitária, especializada em fornecer apoio mental durante tragédias ambientais. Nesses casos, normalmente não se estrutura o processo psicoterápico, pois o foco da ajuda voluntária é atuar na construção coletiva de respostas e acolhimento.
De forma geral, essa forma de apoio deve ser prestada pessoalmente, permitindo que os profissionais de saúde mental avaliem a extensão do ocorrido, orientem as decisões técnicas e identifiquem os grupos mais vulneráveis. Estes incluem crianças, idosos, neurodivergentes, bem como aqueles que podem enfrentar maiores dificuldades para se recuperar, garantindo que recebam o tratamento adequado necessário para sua reabilitação.
Durante os atendimentos em momentos de crise, a abordagem incentivada pela Franscisca Júlia CVV é caracterizada por prontidão para auxiliar, escuta empática, assertiva e sem julgamentos e cuidado ao lidar com traumas latentes. “Evita-se qualquer forma de julgamento e não se pressiona as pessoas a falarem, enquanto se respeitam as distinções entre a psicologia social e humana e a psicologia clínica, esta última desempenhando seu papel posteriormente”, contextualiza Estevam.
Para mais detalhes sobre os tratamentos oferecidos, o Francisca Júlia CVV traz dicas de saúde mental em suas redes sociais. Acesse https://franciscajulia.org.br/