Sheynna Hakim comenta sobre o desafio de conciliar os universos das finanças e dos seguros
A indústria seguradora conta com a oportunidade única de atender o cliente em um momento de necessidade. “O cliente lembra de você para sempre”, disse José Prado, organizador do Insurtech Brasil. O evento, que em 2022 chegou à quinta edição, destacou que a revolução tecnológica nas empresas começa pela cultura.
Por isso, a programação contou com as considerações de Sheynna Hakim, CEO da BNP Paribas Cardif no Brasil, com o tema “De insurtech a CEO de seguradora: o novo perfil da liderança em seguros”. “O seguro tem a finalidade social de auxiliar o segurado no momento de uma perda. Tenho a visão de mesclar as experiências dos universos das finanças e dos seguros”, afirmou a executiva ao citar parcerias para distribuição no mundo automotivo, no varejo e em canais bancassurance.
“Todo sinistro é uma oportunidade de entregar o que a gente combinou”, analisou a executiva. “Essa transformação é real e acontece há muito tempo”, comentou ao enfatizar a crença da BNP Paribas Cardif no compartilhamento de soluções e no fomento da integração entre os agentes do ecossistema.
De acordo com Sheynna, o tripé da companhia é baseado em crescimento, tecnologia e sustentabilidade. “Me conecto muito com isso. A inovação está na tecnologia, mas também está em todos os processos”, disse ao destacar a criação do Seguro Cyber e para Pix, além de um microsseguro residencial desenvolvido em parceria com o Magazine Luíza. A BNP Paribas Cardif ainda mantém o espaço La Fabrique, um hub de inovação na Zona Oeste de São Paulo que promove o mindset de inovação e cocriação.
“O parceiro digital ajuda na transformação. O e-commerce não dorme e contamos com as APIs para implementar mudanças rapidamente. Por isso, também precisamos de parceiros que estejam conectados com essa missão de tornar os seguros mais acessíveis. É isso que procuramos no mundo, em todos os países onde estamos inseridos”, comentou a executiva ao demonstrar o potencial do Brasil para o desenvolvimento de iniciativas de transformação desta indústria.
Startups e seguradoras
Sheynna Hakim compartilhou que sempre atuou com a perspectiva de otimizar estruturas, processos – mas sempre considerando a gestão de riscos. “Entretanto, não podemos ‘engessar’ a operação, precisamos pensar menos no macro e mais naquilo que faz sentido para o cliente. É claro que o fator macro também é importante”, analisou.
“Precisamos nos organizar e nos preparar para o sucesso diante de toda essa transformação que passamos. Temos muita gente querendo fazer, transformar. No entanto, é preciso considerar que uma startup ousa mais. E é preciso ajudar as pessoas a questionarem algo que foi verdade a vida toda. Essa é uma missão que precisa sempre ser lembrada”, reiterou a executiva.
Diversidade no ecossistema de insurtechs
No caso da BNP Paribas Cardif, 53% do time é composto por mulheres. Elas estão em 54% dos cargos de gestão de pessoas. “Em lideranças, as mulheres são 34%. Temos trabalhado nisso em conjunto com a nossa presidente global. O importante é que as mulheres apenas querem ocupar o seu lugar. Queremos fazer isso juntos”, explicou.
De acordo com Sheynna Hakim, a empresa também acredita que, além de diverso, um ambiente precisa ser sustentável. “Por isso fazemos investimentos em grandes fundos. Contamos com R$ 1 trilhão em fundos sustentáveis”, compartilhou ao evidenciar que conta com a colaboração de insurtechs e startups para o desenvolvimento de soluções que democratizem o acesso às soluções de seguro. É possível colaborar através do seguinte link: https://bnpp.lk/bxXRPb.
A 5ª edição do Insurtech Brasil contou com o apoio da Sensedia, Innoveo, D1 – Zenvia, Planetun, Suthub, Autovist, Guy Carpenter, fitinsur, Carbigdata, Coover, Guidewire, Onze, Souza Melo Torres, Hannover Re, MAG, BNP Paribas Cardif e Bluecyber.
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