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Allianz registra lucro operacional recorde

Allianz registra lucro operacional recorde / Foto: Divulgação
Allianz registra lucro operacional recorde / Foto: Divulgação

Lucro operacional dá salto de 5,7% e atinge € 14,2 bilhões

A Allianz divulgou balanço referente ao ano de 2022. As receitas totais aumentaram 2,8% e chegaram a € 152,7 bilhões. Já o lucro operacional registrou alta de 5,7% e atingiu € 14,2 bilhões, impulsionado pela excelente performance nos segmentos de negócios de P&C (Ramos Elementares) e Vida/Saúde. O lucro líquido atribuível aos acionistas cresce 1,9% e fica em € 6,7 bilhões.

No quatro trimestre de 2022, as receitas totais registraram € 36,7 bilhões, com baixa de 4,5%. O lucro operacional teve alta de 12,7% e atingiu € 4 bilhões, puxado pelo forte desempenho no segmento de negócios de Vida/Saúde. O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de € 2 bilhões, comparado ao € -0,3 bi do ano anterior.

O coeficiente de capitalização Solvency II permaneceu em confortáveis 201% (excluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas) comparado aos 199% no final do terceiro trimestre de 2022.

A previsão do lucro operacional para 2023 é de € 14,2 bilhões, mais ou menos € 1 bilhão (catástrofes naturais e desdobramentos adversos nos mercados de capitais, bem como os fatores apontados em nota de advertência com relação a declarações prospectivas podem afetar seriamente o lucro operacional e/ou o lucro líquido das operações e os resultados)

A direção da empresa deve propor um dividendo de € 11,40 por ação, o que representa um aumento de 5,6% em relação ao valor de 2021.

O último programa de recompra de ações de € 1 bilhão, lançado em 21 de novembro de 2022, continua em andamento. Em 3 de fevereiro de 2023, a recompra de ações estava valendo € 544,2 milhões.

“Com nossos resultados recorde tanto em receita como no lucro operacional em 2022, a Allianz consolidou sua posição como uma das maiores, mais resilientes e confiáveis instituições financeiras globais. Nosso desempenho é fruto de um conceito bem pensado, uma execução confiável, incessante simplificação e uma gestão de capital disciplinada. Adicionalmente, a satisfação do cliente e dos colaboradores, bem como a força da marca atingiram altos níveis inéditos”, disse Oliver Bäte, CEO do Grupo Allianz. “Em um mundo imprevisível, com riscos crescentes e desigualdades sociais, nós orgulhosamente demonstramos a nossa capacidade de potencializar os benefícios da escala da Allianz a favor dos nossos clientes, colaboradores e acionista”, completou o executivo.

Destaques Financeiros

Ao longo de 2022, as receitas totais do Grupo Allianz subiram 2,8% e chegaram a € 152,7 bilhões (eram € 148,5 em 2021), em grande medida impulsionadas, principalmente, pelo segmento de P&C (Ramos Elementares), devido aos acentuados efeitos de preço e volume. Isso foi parcialmente compensado pelas taxas mais reduzidas nas comissões baseadas em desempenho e por receitas menores provenientes dos ativos sob gestão (AuM) no segmento de Gestão de Ativos. O recuo em AuM ocorreu, sobretudo, por efeitos de mercado e à transação da Voya. As receitas também atenuaram no segmento de Vida/Saúde devido a um decréscimo nos prêmios estatutários, relacionados principalmente às vendas menores de produtos do tipo unit-linked na Itália e ao negócio de prêmio único na Alemanha.

O crescimento da receita interna, com os ajustes por conversão cambial e efeitos de consolidação, foi de -0,2%.

No quarto trimestre de 2022, as receitas totais foram de € 36,7 bilhões (ante € 38,4 bi no último trimestre de 2021), baixando 4,5% em relação ao ano anterior. Os prêmios estatutários declinaram em Vida/Saúde, sobretudo devido às vendas mais fracas de produtos com prêmio único na Alemanha e de produtos tipo unit-linked na Itália. As receitas do segmento de atividade de Gestão de Ativos recuaram como resultado da redução nas receitas decorrentes dos bens sob gestão (AuM) e nas comissões baseadas em desempenho. Tais resultados foram parcialmente compensados pelo segmento de P&C (Ramos Elementares), que apresentou efeito positivo de preço e crescimento em volume.

O crescimento da receita interna foi de -6,3%.

Lucros

O lucro operacional do Grupo Allianz ao longo de 2022 saltou 5,7% e chegou a € 14,2 bilhões (€ 13,4 bilhões no ano anterior), puxado pelos segmentos de negócios de P&C (Ramos Elementares) e Vida/Saúde.

Nosso segmento de P&C (Ramos Elementares) registrou elevação na subscrição e nos resultados de investimento. Adicionalmente, o aumento no lucro operacional em nosso segmento de Vida/Saúde aconteceu, principalmente, pela contribuição positiva proveniente das operações adquiridas da Aviva na Polônia e ao crescimento comercial na Ásia. O lucro operacional na Gestão de Ativos teve declínio, devido, sobretudo, às menores comissões por desempenho e receitas provenientes de AuM reduzidas, que foram impactadas por um ambiente de mercado desafiador.

O lucro líquido atribuível aos acionistas teve ligeira alta de € 6,7 bilhões (ante € 6,6 bilhões no ano anterior).

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RoE) ficou estável em 10,3% (10,6%). O lucro básico por ação (EPS) foi de € 16,35 (era € 15,96 em 2021).

O Conselho de Administração irá propor um dividendo de € 11,40 por ação para 2022, aumento de 5,6% em relação a 2021.

Já no quarto trimestre de 2022, o lucro operacional da Allianz deu um salto de 12,7%, chegando a € 4 bilhões (ante € 3,5 bilhões no último trimestre do ano anterior), impulsionado pelo segmento de negócio Vida/Saúde, graças a uma margem de investimento maior em Vida na Alemanha e aos impactos positivos dos produtos de anuidade (conhecidos como ‘annuity’) nos Estados Unidos. Isso foi parcialmente compensado pelo lucro operacional menor do segmento de P&C (Ramos Elementares) devido à normalização na frequência dos sinistros e às perdas atricionais mais elevadas relacionadas com inflação de sinistros. Além disso, o lucro operacional do segmento de Gestão de Ativos teve declínio devido a receitas provenientes de AuM reduzidas e menores comissões por desempenho.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de € 2 bilhões, comparados a € -0,3 bilhão de euros no mesmo período do ano anterior.

O coeficiente de capitalização Solvency II ficou em 201% ao final do quarto trimestre de 2022, comparado aos 199% no final do terceiro trimestre de 2022. Incluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas, o coeficiente de capitalização Solvency II foi de 230% ao final do quarto trimestre, em comparação aos 227% registrados no final do terceiro trimestre.

Destaques por segmento

“Os resultados operacionais recordes da Allianz, em nítido contraste com o pano de fundo de incertezas políticas e econômicas intensificadas, mostram que nos destacamos na identificação e capitalização das oportunidades em um ambiente em rápida mutação. Nosso foco na criação de valor a longo prazo, por meio de equilíbrio correto entre riscos e retornos, nos prepara bem para o futuro, ao passo que a nossa capacidade de resistir aos desafios de curto prazo nos permite entregar resultados fortes”, afirmou Giulio Terzariol, CFO do Grupo Allianz.

Terzariol também compartilhou que o segmento de P&C (Ramos Elementares) do Grupo Allianz apresentou acentuado crescimento da receita, impulsionado por preços saudáveis e volumes positivos. “Neste segmento de negócio, nós alcançamos resultados excelentes, administrando com êxito o impacto da inflação, aproveitando o potencial das taxas de juros mais elevadas e utilizando a nosso favor a escala da nossa franquia”, comentou.

“No segmento de Vida/Saúde, nossa margem de novos negócios expandiu ainda mais, graças a uma tendência favorável no nosso mix de negócios. Acima de tudo, o nosso foco na ampliação das linhas de negócio preferenciais da Allianz tem mostrado resultados tangíveis. Na Gestão de Ativos as medidas de eficiência que adotamos nos ajudaram a proteger nossa margem de lucro e a amortizar o impacto dos desafios do mercado”, prosseguiu o executivo.

Segundo Giulio Terzariol, a Allianz aguarda “com confiança por um ano de 2023 forte”. “Temos em vista um lucro operacional anual de € 14,2 bilhões, mais ou menos € 1 bi”, estimou.

Seguro P&C (Ramos Elementares): forte desempenho

No consolidado de 2022, as receitas totais da Allianz saltaram 12,4% chegando a € 70 bilhões (ante € 62,3 bilhões).

Com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o crescimento foi excelente, com 9,5%, sustentado pelo efeito de preço de 5,7%, por um efeito de volume de 3,4%, e por um efeito da comissão de serviço de 0,3%. Os que mais contribuíram para esse crescimento foram a Allianz Partners, Turquia e AGCS.

O lucro operacional teve um forte crescimento de 8,4%, atingido € 6,2 bilhões (ante € 5,7 bilhões), impulsionado por um resultado significativamente mais alto do investimento operacional, além do apoio adicional proveniente do resultado de subscrição.

O índice combinado foi de 94,2% (93,8%), devido, sobretudo, ao impacto das perdas atricionais mais elevadas relacionadas à normalização da frequência de sinistros, bem como à inflação majorada de sinistros. Isso foi parcialmente compensado por um resultado favorável do run-off. O rácio de despesas permaneceu estável em 26,8% (26,7%).

No quarto trimestre de 2022, as receitas totais tiveram aumento de 11,7% e atingiram a marca de € 16,2 bilhões (ante € 14,5 bilhões no mesmo período de 2021). Com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o crescimento interno foi de robustos 9,9%, graças a um efeito de preço de 7,5%, a um efeito de volume de 3,3% e a um efeito da comissão de serviço de -0,8%.

O lucro operacional foi de € 1,5 bilhão (€ 1,6 bilhão no mesmo período do ano anterior), registrando queda de 5,4%, devido, principalmente, ao resultado menor de subscrição por conta das altas perdas atricionais, que estão estreitamente relacionadas à maior inflação nos sinistros e à normalização na frequência de sinistros.

Alinhado com esses desdobramentos, o índice combinado teve aumento de 1,3 ponto percentual, ficando em 94,7% (93,5%). Isso foi parcialmente compensado por um rácio favorável do run-off e por um rácio de despesa melhorado de 26,6% (26,9%), devido a índices menores tanto no rácio de despesa administrativa como no rácio do custo de aquisição.

Vida/Saúde: resultados fortes em mercados voláteis

O PVNBP (mostrado após as participações não-controladoras, salvo indicação em contrário) ou valor atual dos prêmios dos novos negócios foi de € 65,6 bilhões (ante € 78,7 bilhões no ano anterior) , refletindo o impacto dos negócios reduzidos em produtos com prêmio único na Alemanha, uma renegociação de contrato grupal na Itália, em 2021, e um pacto de resseguro do tipo one-off da Allianz Reinsurance no exercício anterior.

O lucro operacional teve aumento de 5,4% elevando a € 5,3 bilhões (ante € 5 bilhões em 2021), sobretudo devido à contribuição positiva das operações adquiridas da Aviva na Polônia e ao crescimento comercial na Ásia. Isso foi parcialmente compensado pelos resultados inferiores nos Estados Unidos.

A margem de novos negócios teve expansão de 3,8% (3,2%), puxada por um mix de negócios aprimorado e pelas taxas de juros mais altas. O valor dos novos negócios permaneceu estável em € 2,5 bilhões (o mesmo registrado no ano anterior), visto que o efeito positivo do mix de negócios aprimorado foi contrabalançado pelos volumes menores.

Já no quarto trimestre de 2022, o PVNBP foi de € 16 bilhões (ante € 19,8 bilhões), devido, principalmente, às vendas mais fracas em produtos de prêmio único na Alemanha e nos produtos do tipo unit-linked na Itália.

O lucro operacional cresceu 50,5% e chegou a € 1,9 bilhão (ante € 1,3 bilhão no mesmo período de 2021) , impulsionado pela maior margem de investimento na Alemanha e pelos resultados positivos em produtos de anuidade variável, tanto tradicionais quanto não tradicionais, nos Estados Unidos. Outra contribuição positiva veio da aquisição das operações da Aviva na Polônia.

A margem de novos negócios (NBM) subiu para 4% (3,4%), puxada por um mix de negócios ampliado, principalmente na Alemanha e nos Estados Unidos. As taxas de juros mais altas também contribuíram para a expansão dessa margem. O valor dos novos negócios (VNB) ficou em € 633 milhões (ante € 672 milhões no mesmo período do ano anterior), uma vez que a rentabilidade maior foi compensada por volumes menores.

Gestão de Ativos: resultados resilientes em um ambiente desafiador

Em 2022, as receitas operacionais foram de € 8,2 bilhões de euros, registrando recuo de 1,9% devido às comissões de desempenho reduzidas, bem como às receitas mais atenuadas em AuM.

O lucro operacional foi de € 3,2 bilhões (ante € 3,5 bilhões no ano anterior), registrando queda de 8,3% em relação ao ano anterior. E a relação custo-rendimento (CIR) subiu para 61,2% (58,4%).

Os ativos de terceiros sob gestão registraram € 1,635 trilhão em 31 de dezembro de 2022, com queda de € 331 bilhões desde o final de 2021. O impacto positivo de € 81,6 bilhões por efeito de transposição cambial foi mais do que contrabalançado pelos impactos negativos de mercado de € 301,1 bilhões, pelas saídas líquidas de € 81,4 bilhões e por um impacto negativo de € 30,3 bilhões, devido, principalmente, à transação da Voya.

No último trimestre de 2022, as receitas operacionais foram de € 2,1 bilhões, uma queda de 15,3% que refletiu o impacto das reduções nas receitas decorrentes de AuM e das menores comissões por desempenho.

O lucro operacional foi de € 806 milhões (ante € 1,035 bilhão no mesmo período do ano anterior), registrando recuo de 22,2% em relação ao período anterior.

Os ativos de terceiros sob gestão totalizaram € 1,635 trilhão em 31 de dezembro de 2022, queda de € 91 bilhões desde o final do terceiro trimestre de 2022. Um impacto positivo de € 68,2 bilhões devido a condições de mercado favoráveis foi mais do que contrabalançado por efeitos desfavoráveis de transposição cambial da ordem de € 139,6 bilhões e saídas líquidas de € 18,6 bilhões.

O total de ativos sob gestão foi de € 2,141 trilhões no final do quarto trimestre de 2022, refletindo a tendência em ativos de terceiros sob gestão.

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